Você sabia que dá para ajudar a corrigir a posição do bebê no útero com um pontinho de acupuntura?

Em algumas gestações, o feto chega à 33ª, 34ª semana em posição pélvica (sentado) ou córmica (deitado). Para corrigir sua apresentação para cefálica (que favorece o parto normal), muitas gestantes recorrem à moxabustão.

A moxabustão, moxaterapia ou simplesmente moxa é uma técnica que pertence a Medicina Tradicional Chinesa, e que consiste na estimulação de pontos de acupuntura por calor. Esse calor é produzido pela aproximação de um bastão composto de artemísia, que é aceso e aproximado do ponto de acupuntura. É uma técnica barata, segura, simples, não invasiva, indolor e que gera um calor que a maioria descreve como confortável. Neste caso, a moxa é aplicada no ponto B67 (localizado próximo à margem ungueal externa do 5° dedo do pé). Acredita-se que estimule a produção de estrogênio placentário e prostaglandinas maternas, bem como promova contrações uterinas e movimentação fetal.

Diversos fatores como o tamanho do feto, do cordão umbilical e a própria estrutura anatômica da mãe (formato do útero e musculatura do assoalho pélvico) contribuem para a apresentação pélvica ou córmica e, em muitos casos, mesmo com a moxabustão não conseguimos os efeitos desejados. Mas os resultados colhidos e baixo risco da moxa a tornam uma importante aliada das mamães.

A moxaterapia para versão fetal tem sido alvo de muitos estudos científicos, dada sua importante contribuição e crescente utilização, para avaliar os mecanismos de ação responsáveis e, naturalmente, entender os casos indicados e contraindicados.

A recomendação é de, no mínimo, 2 vezes na semana para que haja efeitos positivos observáveis.

Muito importante: sempre consulte seu obstetra sobre a importância e relevância desta técnica para seu caso específico.

Igor Girotto
Acupunturista
CREF/SP 172867-G

Referências Bibliográficas

RODRIGUES, Mariana Haddad; ZORZIM, Vivian Inácio

“Uso Da Moxabustão E Acupuntura Em Gestantes Com Apresentação Pélvica: Revisão Integrativa” (2017). Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/10/859849/45534-194259-1-pb.pdf

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