Os dados em todo o mundo são preocupantes: a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2,6% da população sofre com algum Transtorno Compulsivo Alimentar, ou mais conhecido somente como distúrbios alimentares. Quanto ao Brasil, a taxa é ainda mais alta, atingindo quase 4,7% da população.
Frequentemente, os distúrbios alimentares ainda são vistos como meras tentativas de chamar atenção, sinal de falta de vontade ou apenas uma manifestação de futilidade. Contudo, esses problemas são doenças que podem e devem ser tratadas.
Leia este artigo até o final e descubra como o programa multidisciplinar pode auxiliar no tratamento dos distúrbios alimentares.
Tipos de distúrbios alimentares
Os distúrbios alimentares são caracterizados por alterações na forma de se alimentar, o que normalmente ocorre devido a uma preocupação excessiva com o peso e a aparência do corpo. Conheça alguns deles:
Anorexia: consiste em tentar comer o mínimo possível para perder peso e tem grande risco de mortalidade, além da dificuldade do paciente de enxergar-se mais magro.
Bulimia: pode se caracterizar pelo consumo excessivo de alimentos e a indução ao hábito para “abandonar” as calorias ou através de laxantes e outros medicamentos.
Compulsão alimentar: acontece quando o paciente não consegue controlar a sua compulsão e come muito em pouco tempo, principalmente em situações com motivação emocional.
Tare: o transtorno restritivo evitativo é comum em crianças que se negam a comer determinados alimentos, o que pode causar uma deficiência de nutrientes quando se prolonga.
Vigorexia: caracteriza-se como um transtorno em busca do corpo perfeito, o que leva muitas vezes à exaustão com exercícios físicos e uso de substâncias impróprias.
O que é uma equipe multidisciplinar?
É um grupo de profissionais clínicos que trabalham unidos em prol do diagnóstico, tratamento e recuperação do paciente. Assim, é priorizado um consenso nas decisões de cada intervenção. A meta é que os resultados alcançados sejam os melhores possíveis.
Imediatamente após a avaliação do paciente, a equipe se reúne e discute as principais estratégias de intervenção. O principal critério é o nível de gravidade da doença, o risco para o paciente e as ferramentas terapêuticas disponíveis.
Desse modo, as diferentes especialidades se integram em prol de objetivos em comum: a melhoria da qualidade no atendimento e a reabilitação do paciente.
O papel da equipe multidisciplinar em distúrbios alimentares
Os distúrbios alimentares comprometem o bem-estar nas esferas física, social e psicológica. Por isso, a abordagem precisa ser multidisciplinar.
O papel do time de especialistas é apoiar, auxiliar e sanar todas as dúvidas do paciente sobre sua condição e o tratamento. O procedimento é uma tarefa complexa e, para ter sucesso, o paciente precisa contar com suporte médico e familiar.
Entre as principais especialidades envolvidas no tratamento dessas condições, podemos citar:
- Endocrinologista;
- Pneumologista;
- Cardiologista;
- Nutricionista;
- Ortopedista;
- Psiquiatra;
- Psicólogo;
- Fonoaudiólogo;
- Fisioterapeuta;
- Educador físico.
O trabalho de todos esses especialistas visa criar um programa dinâmico e constantemente atualizado para que o paciente crie hábitos saudáveis e abandone os comportamentos prejudiciais. Cada programa é criado de acordo com a necessidade e distúrbio de cada paciente.
Por fim, o tratamento desses distúrbios não se encerra quando o paciente emagrece. Mesmo após os primeiros resultados, podem surgir complicações que precisam ser observadas, tais como, deficiências nutricionais, alterações hormonais e mudanças no metabolismo.
Se você sofre com algum dos distúrbios alimentares, é preciso buscar ajuda médica. Relatar o que se sente e buscar apoio familiar são essenciais para que o tratamento seja bem sucedido.
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