O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou simplesmente Autismo é um atraso no desenvolvimento que costuma trazer grandes desafios em termos de relacionamento social, comunicação e comportamento da pessoa afetada.

Normalmente, não há nada fisicamente que diferencie uma pessoa autista das outras, contudo pessoas que possuem esse transtorno se comunicam, interagem, comportam-se e aprendem de um modo diferente das outras pessoas.

Quer saber mais? Veja, então, as características desse transtorno, como identificá-lo e quais as medidas mais apropriadas à superação dos impactos do autismo. Acompanhe!

Níveis de autismo

O TEA pode ser classificado dependendo das características dessas desordens autísticas em níveis de comprometimento distintos.

Autismo de alto suporte –  Pertencem a esse grupo as crianças isoladas, que não conseguem se comunicar e que passam várias horas repetindo movimentos estereotipados. A principal característica do TEA grave é a ausência de sensibilidade à comunicação: o autista grave ignora o seu interlocutor e todos ao redor dele.

Ele não interage com ninguém, não apresenta nenhum tipo de afetividade, evita o toque, afago, abraço e, apresenta, em geral, sinais de deficiência mental. Nesses casos, a terapia familiar é indicada para favorecer o tratamento psiquiátrico.

Autismo de médio suporte – Classificado como autista clássico, o TEA moderado fala, mas não consegue se expressar com clareza. Ele tem a capacidade de repetir, fora do contexto, até mesmo uma frase inteira ouvida pela TV no dia anterior. Ou seja, ele repete falas, padrões, comportamentos, mas não tem um padrão psicológico estável que permita o aprendizado e o desenvolvimento escolar.

Os autistas clássicos têm grande dificuldade de interação e de comunicação verbal ou corporal. Eles são centrados em si mesmos, evitam o contato visual, não têm muita ligação com o ambiente ou com pessoas ao redor.

Autismo de baixo suporte – O TEA leve é comunicativo, inteligente e consegue se socializar, ainda que aglomeração de pessoas também o incomode. Muitos focam em alguma área de conhecimento e se tornam imbatíveis nessa “especialidade”.

Porém, o autista leve também pode apresentar características que exigem acompanhamento contínuo. Mas ele consegue levar uma vida normal: muitos se casam, têm filhos, mantêm uma vida social tranquila, estudam e fazem carreira profissional.

Autismo Savant (ou Savantismo) – Essa é a categoria mais rara e específica de TEA. Os portadores desse tipo de autismo apresentam sinais clássicos do distúrbio como déficits psicológicos e instabilidade emocional. Porém, eles têm uma memória incomum, além de talentos específicos e raros. Nessa modalidade do transtorno estão incluídos os indivíduos autistas considerados “gênios”, sem, entretanto, ter conhecimento básico sobre as áreas que dominam.

Os savants conseguem, por exemplo, fazer, mentalmente, cálculos matemáticos difíceis sem ter conhecimento básico de álgebra ou de áreas relacionadas. Os portadores dessa síndrome são capazes de decorar listas telefônicas, nomes de capitais, tamanho e densidade populacional de todos os países. 

Sinais do autismo

Os sinais do autismo podem ser facilmente perceptíveis ou quase imperceptíveis. Para tanto, estão listados abaixo os sinais mais conhecidos e aplicáveis:

  • Agitação e movimentos repetitivos com o corpo;
  • Agressividade;
  • Alinhamento de brinquedos e objetos;
  • Atraso na fala e nas habilidades de linguagem;
  • Desconforto com o contato físico;
  • Dificuldade para prestar atenção;
  • Dificuldade para compartilhar interesses;
  • Dificuldade para entender sarcasmos, piadas e provocações;
  • Dificuldade para entender os gestos e a linguagem corporal;
  • Dificuldade para fazer contato visual;
  • Dificuldade para identificar os sentimentos dos outros;
  • Dificuldade para expressar e lidar com os próprios sentimentos;
  • Dificuldade para lidar com as mudanças na rotina;
  • Falta de medo ou medo exagerado;
  • Hiperatividade;
  • Impulsividade;
  • Interesse obsessivo por alguns objetos;
  • Linguagem robótica ou cantada;
  • Manifestação de poucos gestos;
  • Pouca tolerância aos sons;
  • Preferência pelo isolamento;
  • Reações emocionais intensas e incomuns;
  • Repetição de palavras e frases.

É muito importante que os pais e as demais pessoas que convivem com mais frequência com a criança conheçam e fiquem atentos a esses sinais. Alguns deles são fáceis de identificar, enquanto outros precisarão de uma visão mais apurada de um profissional especialista para confirmar o diagnóstico.

Quanto antes a criança autista for diagnosticada, melhor será o resultado do tratamento e maiores serão as chances de ela adquirir habilidades que lhe proporcionem mais independência e autonomia ao longo da sua vida.

Como é realizado o tratamento do autismo?

O tratamento do autismo, apesar de não curar esta síndrome, é capaz de melhorar a comunicação, a concentração e diminuir os movimentos repetitivos, melhorando assim a qualidade de vida do próprio autista e também da sua família.

Para um tratamento eficaz, é indicado que seja feito com uma equipe composta por médico, fisioterapeuta, psicoterapeuta, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo, que indicam terapias específicas para cada paciente, e muitas vezes devem ser feitas por toda vida. Além disso, cuidados com a alimentação e atividades como musicoterapia e equoterapia também podem contribuir muito para a melhora dos sintomas.

É importante ressaltar que todos os profissionais envolvidos com a criança devem trabalhar como uma equipe transdisciplinar, em que todos pensem juntos e com os mesmos objetivos em mente, focando nas características e necessidades particulares da criança em questão, pois isso trará melhores resultados e ganhos para todos os envolvidos, principalmente para a criança.

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